Pâncreas artificial: o que temos de novidade?
O chamado “pâncreas artificial” é um sistema (bomba) de infusão contínua de insulina associado a um sensor de glicemia. Ambos são instalados através de cateter no tecido adiposo subcutâneo que faz ao mesmo tempo a medição de glicemia e a infusão de insulina, automaticamente, sem a necessidade da intervenção do paciente.
É uma terapia promissora para o paciente portador de diabetes tipo 1.
Já existe no mercado a bomba de infusão contínua de insulina associado ao sensor de glicemia. Porém, há necessidade de pré-ajuste da infusão de insulina durante as 24 horas do dia e do comando do paciente para a infusão de insulina adicional nas refeições. No caso do “pâncreas artificial”, a bomba de insulina faz o ajuste automático da infusão de insulina. De acordo com a glicemia do momento e do tipo de refeição do momento. Estão sendo feitos estudos para comprovar a eficácia e segurança dessa modalidade de tratamento.
Acabou de ser apresentado esse mês no Congresso Europeu de Diabetes um estudo de 3 meses de duração com a comparação do “pâncreas artificial”, (ainda não disponível comercialmente) a bomba de infusão de insulina associada a sensor não automática (já disponível comercialmente). Nesse estudo foi demonstrado que esse novo sistema foi mais eficaz em melhorar o controle de glicemia, diminuindo as hiperglicemias e hipoglicemias.
Antes desse estudo, tínhamos resultados de estudos de menor duração e em ambientes controlados (acampamentos com alimentação e atividade física controlada e supervisão médica). Essa forma de tratamento promete trazer mais liberdade e tranquilidade para o paciente com diabetes tipo 1.
Esperamos que isso se confirme e que possamos em breve contar com essa nova modalidade de tratamento.
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